Irmão da ex-governadora Wilma de Faria é absolvido em ação criminal do Foliaduto.
Considerado um dos maiores “escândalos” da administração da
ex-governadora Wilma de Faria (PSB), o “Foliaduto” vai tendo seu
desfecho na Justiça. Melhor para Carlos Faria, irmão da ex-gestora, que
está conseguindo provar a inocência dele em cada decisão.
Nesta
terça-feira, por exemplo, foi divulgada a sentença do juiz Cleanto Alves
Pantaleão Filho, referente à ação penal do caso. E, mais uma vez,
Carlos Faria foi inocentado.
Em abril, o irmão de Wilma já havia ficado livre do outro processo
proveniente do “Foliaduto”, que tratava da irregularidade
“administrativa”, ou seja, da improbidade administrativa constatada no
caso. Carlos Faria, como secretário-chefe do Gabinete Civil, foi um dos
denunciados pelo Ministério Público do RN, mas foi considerado inocente
em decisão do Tribunal de Justiça do RN, já passada a fase de recuso.
“Foram dois processos provenientes desse caso, um na Fazenda Pública,
que tratava do ressarcimento aos cofres públicos, e outro penal. Carlos
Faria foi absolvido nos dois. Sempre acreditei na postura proba e
honesta dele. Agora a Justiça confirma isso com essas decisões”,
ressaltou o advogado Erick Pereira, que fez a defesa de Carlos Faria nas
duas ações.
Segundo o juiz Cleanto Alves Pantaleão Filho, “em que pese todo o
esforço do Ministério Público Estadual, não encontro, nestes autos,
elementos probatórios que sejam suficientes para que se possa condenar o
acusado Carlos Faria” e, ressalta o magistrado, é preciso provas para
se condenar alguém.
“A condenação exige prova plena, não se admitindo que alguém venha a
ser considerado culpado sem que esteja efetivamente comprovada a sua
responsabilidade.
Até porque não cabe ao juiz censurar a conduta moral
de quem quer que seja, ou mesmo estabelecer a responsabilidade política
dos homens públicos, muito embora, como cidadão, não se possa deixar de
lastimar que as gestões no Rio Grande do Norte estejam se sucedendo,
numa curva descendente, provocando certa esquizofrenia na população, de
tal modo que antecessores ruins são quase divinizados, quando sucedidos
por administradores ainda piores ou igualmente ruins e sem que pessoas
realmente comprometidas com o bem-estar da população possam alcançar os
cargos públicos, seja porque enojados com tudo o que ai está, seja
porque barrados pelas agremiações partidárias que, em sua maioria,
somente servem para dar suporte a famílias e grupos fechados”, analisou.
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