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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mineiro diz que PT vive sua pior crise, mas nega caráter oligárquico da legenda


Mineiro reconhece crise do partido.O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) reagiu à crítica do cientista social e fundador do partido Moisés Domingos em um discurso sobre dificuldade de realizar política no Rio Grande do Norte em face desse ser um estado controlado e onde são frágeis os movimentos organizados, políticos ou não, ao mesmo tempo em que há grande interferência da máquina estatal.

Em entrevista ao portalnoar.com, Domingos considerou que “Em Natal foi reproduzido [no PT] o modelo das oligarquias, o modelo que não conseguiu ser superado”. Ele também pontuou que “Mineiro e Fátima foram forçados a lutar pela renovação do PT e ao mesmo tempo impedir que alguém tomasse seus lugares”.

Para o cientista social, há ainda de ser posto para o debate a afirmativa de que “A militância criou o mito sobre Mineiro e Fátima. Os novos militantes não têm fidelidade a esses mitos criados. Não tem essa história. Eles podem quebrar essa tradição”, comentou Domingos, o qual acredita que haverá superação: “O PT jamais vai ficar para sempre no formato Fátima x Mineiro”.

Para o deputado estadual que acabou se tornando um dos símbolos do embate pelo poder dentro do partido, a análise de Domingos é parcial. “Analisar a trajetória de um partido de esquerda sem analisar a inserção onde ele está; o contexto de controle dos meios de comunicação é um olhar parcial, que eu respeito”.

Em sintonia com o afirmado por Domingos, entretanto, Mineiro reconhece que sempre defendeu a renovação dos quadros do partido. Ao aprofundar sua análise, contudo, ignorou a acusação de que luta por espaços e apresentou argumentação sob outra perspectiva.

“Independentemente de nossos erros, fazer politica aqui é difícil. Os próprios movimentos sociais têm dificuldades. Há um movimento progressista voltado para o sindicalismo, é verdade. 

há empresariado que assuma posições mais avançadas em relação ao estado, que é controlado por famílias. Não há movimento forte do operariado e do empresariado. Eu digo que aqui, e não é culpa do PT, o estado do RN, no contexto do Brasil, foi o único em que não houve renovação dos atores políticos. Ainda estamos na polarização dos anos 80. Não é problema do PT isso, embora tenha condicionado o PT e todo o conjunto de forças da esquerda”.“Não vou dar uma de Pollyanna.



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