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Presidente do TJRN diz que não tem interesse em discutir corte de benefícios.

“Não há nenhum interesse do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, do qual sou o presidente até o dia dois de janeiro, em tratar deste assunto”, disse o desembargador Aderson Silvino. A declaração foi em resposta à sugestão de um dos desembargadores da Corte ao governador eleito Robinson Faria (PSD) de cortar regalias dos três poderes ao assumir o Executivo, noticiada pelo jornalista Alex Medeiros.

Silvino ressaltou que nunca chegou a comentar o assunto com Robinson. “Em nenhum momento, eu tratei deste assunto com o governador eleito Robinson faria. Tivemos um encontro de cortesia”, frisou. “Se alguém se manifestou ou deu uma opinião pessoal a respeito do assunto, não condiz com o pensamento do Tribunal de Justiça”, reforçou.

Aderson enfatizou que respeita a autonomia e as prerrogativas dos três poderes. “Respeitamos a independência dos poderes. O Executivo tem a liberdade para agir como acreditar que é necessário, assim como o Judiciário e o Legislativo. Cada poder tem suas prerrogativas”, argumentou.

Robinson faria também comentou o assunto. Questionado pelo portalnoar.com, ele disse que não há nenhuma decisão tomada neste sentido. “Irei respeitar o direito constitucional dos três poderes. Já disse isso em todas as entrevistas. Irei honrar tudo o que diz a nossa carta magna federal, do duodécimo dos poderes, então não há nenhuma mudança em relação a isso”, declarou. No entanto, não negou que tenha recebido a sugestão.

O Ministério Público não se posicionou sobre o assunto. A assessoria de imprensa do órgão informou que o procurador geral de Justiça, Rinaldo Reis, se nega a fazer qualquer comentário sem saber quem foi o autor da sugestão.

Nossa equipe de reportagem não conseguiu entrar em contato com o futuro presidente do TJRN, o desembargador Cláudio Santos, que, segundo informações,  não está em Natal.