A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) realizou uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (1º) para detalhar a investigação do caso Evelin Vitória, menina de quatro anos que foi morta por um grupo de pessoas dentro de casa, na Praia de Muriú, no município de Ceará-Mirim, na madrugada da terça-feira (31).
Ainda na tarde do mesmo dia, a polícia conseguiu chegar aos suspeitos através de denúncias e de declarações da própria mãe da menina. Um homem identifcado por Luiz Claúdio Oliveira, de 23 anos, foi preso pela Delegacia de Ceará-Mirim, responsável em investigar o caso.
Os policiais encontraram o suspeito em uma estrada carroçável do Distrito de Anginas, que fica na zona Rural de Ceará-Mirim. Come ele, também foi detido Evanuel Silva de Oliveira, de 35 anos, conhecido como “Fia”.
A principal suspeita é de que o crime tenha sido cometido devido disputa pelo tráfico de drogas naquela área da praia, já que a família da criança é envolvida com a comercialização de entorpecentes na região.
Apesar da mãe negar o envolvimento com as drogas e qualquer outra substâncias ilícitas, a delegada Jamille Alvarenga disse que uma das linhas de investigação é disputa entre “bocas de fumo”.
“Nós conseguimos provar que os pais têm envolvimento com as drogas. O pai estava dentro da casa e ainda se encontra foragido”, afirmou a delegada.
Eles continuam buscando pelos outros três suspeitos, pois há indícios da participação de pelo menos cinco pessoas no crime, além de um preso conhecido como “Júnior”, que está em um dos Centros de Detenção Provisória (CDPs) em Natal e é o suposto mandante do crime.
“Este Júnior é irmão do Luiz Claúdio e não sabemos o motivo dele ter sido preso. Nós vamos localizar em que CDP se encontra “, comentou.
A família havia se mudado a pouco tempo já devido às ameaças que sofriam. Durante o crime, a mãe da menina, Alexsandra Cruz, chegou a ficar ferida no ombro e foi conduzida ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal.
Já o pai da Evelin, Edson Pereira da Silva, de 23 anos, ainda não foi localizado pela Polícia Civil. A delegada Jamille Alvarenga disse que através de testemunhas e denúncias anônimas comprovou que o marido estava em casa quando houve a invasão.
“Nas ameaças, os bandidos diziam para a família que ele iria matar ‘os pintinhos’, em referência aos filhos do casal”, relatou.
O irmão mais novo da criança, que foi baleado na mão, teve alta da unidade hospitalar. Já o irmão mais velho de Evelin, de 13 anos, também ficou ferido e ainda se encontra na unidade hospitalar em estado estável.
O caso aconteceu na madrugada desta terça-feira (31), o corpo foi levado ao Instituto Técnico-Cientifico de Polícia (Itep) e enterrado nesta tarde, na cidade de Barra de Maxaranguape, terra natal dos familiares da garota. A Polícia Civil pretende fechar o inquérito em 10 dias.
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