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Câncer de mama é o mais frequente, mas o de pulmão é o que mais mata no RN.

Com a finalidade de esclarecer a forma de lidar com o câncer para profissionais da saúde e o público em geral, a Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer realiza até este sábado, na Escola de Governo, o IV Congresso da Liga. As ações contam com palestras de profissionais de diversas áreas e de estudantes universitários.

No Rio Grande do Norte, a maior incidência é de casos de câncer de mama, acometendo principalmente as mulheres, sendo o câncer de pulmão o que mais mata. “A maioria dos casos de câncer de pulmão estão ligados ao tabagismo, mas mesmo os não fumantes podem desenvolver a doença”, explicou Andrea Juliana, coordenadora do evento.

De acordo com a médica oncologista clínica, o tema do evento é “Desafios e Perspectivas”, os quais são os principais pilares de todas as pesquisas ao redor do mundo na área da oncologia.

Segundo a especialista, o caráter do congresso é multidisciplinar. Participam das palestras profissionais das áreas da nutrição, da odontologia, da psicologia e da enfermagem, na busca por melhores resultados para o tratamento de câncer. “A gente entende o câncer como uma doença muito ampla. O paciente que tem câncer, ele precisa de uma assistência nutricional, da psicologia, da fisioterapia, da fonoaudiologia e com isso atender a todas as necessidades”, disse.

Ainda de acordo com a médica, os casos de câncer vêm aumentando a cada ano, tanto em diagnóstico e quantidade de casos, como em mortalidade. Andrea Juliana explica que o câncer é a segunda maior causa de mortalidade, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. “Em uma curva ascendente, a estimativa é de que, em dez anos, o câncer será equivalente ou superior às doenças cardiovasculares”, alertou.

Para a médica, os fatores causadores do câncer são diversos e muitos ainda desconhecidos, mas de maneira geral, hábitos como o tabagismo, o consumo de álcool, o sedentarismo e má alimentação são algumas das causas mais comuns do aumento exponencial do diagnóstico de câncer.

A especialista comemora a grande gama de informações e de estudos realizados nessa área atualmente. Segundo ela, as novas tecnologias tem feito o tratamento dar grandes saltos de qualidade. É preciso deixar claro que ainda não chegamos lá, mas estamos no caminho. A Liga como instituição representante tem uma meta, que é se tornar um serviço de excelência, pelo menos no porte Norte/Nordeste até 2025”, finalizou.