Deputado Federal João Maia afirma que tendência do Partido da República é romper com Rosalba Ciarlini.
O deputado federal João Maia, presidente estadual do Partido da
República (PR), tem uma proximidade incontestável com o líder do PMDB no
RN, Henrique Eduardo Alves. Tanto que, agora, parece seguir exatamente
os mesmos passos do presidente da Câmara Federal: criticou o isolamento
do Governo Rosalba Ciarlini e agora anuncia uma reunião para discutir,
internamente, o futuro da aliança da sigla com o DEM.
“Nós criamos
dentro do PR núcleos regionais que eram pra ter se reunido dia 27 para
tomar essa decisão, e não nos reunimos porque fui representar o governo
federal numa missão na China. Mas vamos fazer a reunião”, afirmou o
deputado em entrevista ao programa de RN Acontece, do jornalista
Diógenes Dantas.
O porque dessa reunião? Pelo mesmo motivo que levou ao rompimento do
PMDB. “É muito cômodo você dizer que vai embora, já que todo mundo foi
embora mesmo, ou seja, o governo conseguiu sair de uma base de apoio
imensa para um isolamento político muito grande. O governo se
autoisolou, não é o povo que isolou o governo”, justificou João Maia,
acrescentando que “Rosalba pode reclamar de tudo, menos de falta de
apoio político, que já teve”.
João Maia ressaltou também que, além do isolamento, o Governo tem
causado desagrado pela má gestão e por insistir na justificativa de
crise econômica. Até porque, para Maia, esse não é, de longe, o maior
problema da gestão estadual. “Eu acho que o governo desperdiçou essa
base política. Um governo muito fechado, desconfiado, não é que o
governo não tenha problema financeiro, ele tem. Mas dos 10 maiores
problemas que o governo tem, o financeiro é um dos últimos. Tem problema
de desconfiança, de ser fechado, de gestão”, analisou.
Apesar de seguir, aparentemente, os mesmos passos de Henrique Alves,
que primeiro criticou, depois marcou a reunião e oficializou a saída,
João Maia tentou deixar claro na entrevista que a saída do PMDB do
Governo não foi o determinante para o eventual rompimento do PR.
Ressaltou, também, que o Partido da República não romperá, simplesmente,
para se aliar aos peemedebistas.
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